quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cavaleiro solene



Vejo pela janela ,
restos de mim ,
meus pedaços de vida ,
se tornando tão distantes ,
partes de velhos dias .
Quando era jovem ,
tudo correia com batidas fortes ,
encarando minha alma ,
que hoje perdeu a juventude ,
quando fechava os olhos ,
para enxergar as pequenas belezas
Quando sentia o frescor da manhã,
como vento era veloz ,
sumia soprando em qualquer direção ,
sendo vendaval ou brisa fresca ,
sendo musica nova ,
revolucionando a mim mesmo .
Olhando hoje pela janela ,
pouco restou daqueles dias ,
já não sou forte ,
é já não tenho o frescor da brisa fresca ,
as manhãs sumiram de meus dias .
O sol não aquece minha pele pálida ,
tudo se tornando longinquas lembranças ,
por mais que peça por mais uma vez
ser o vento puro ,
ter a força das aguas ,
ser rápido como o vento ,
não consigo ,
Fui perdendo aos poucos ,
o meu próprio brilho ,
por que tentei brilhar tão forte ,
pela janela ,
parece tudo um velho sonho ,
ao qual a realidade se misturou ,
com fantasias de grandeza .
Fui seu solene cavaleiro ,
quando tudo brilhava pra mim ,
De JB M Moura

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