sexta-feira, 18 de julho de 2008

Dia Azul de um cavaleiro



Só queria entender ,
a verdade em cada um ,
as vezes tudo fica sem sentido .
Os ventos dão o incio da tempestade ,
dentro de mim ,muita confusão ,
sempre falei dos dias cinzas ,
mas na verdade sempre quis dias coloridos ,
com o azul correndo todo sempre .
Por onde andei sempre fiquei com um peso ,
meu caminho sempre tão sozinho ,
as árvores tem valor diferente ,
quando se vaga sozinho ,
grandes estradas de solidão .
Dentro de mim ,
ninguém conhece a dor ,
meu peito vive cheio ,
cheio querendo chorar ,
mas só consigo rir para disfarçar.
Sempre me perguntei ! ,
por que tanta dor ,
o simples azul sempre esta longe de mim ,
beleza de alguem sorrir pelos seus olhos ,
caminhar lado a lado por estes dias,
simplesmente ser especial pra alguem.
Meu rosto já se mudou tanto ,
o fel dos dias já colocaram nele sua marca ,
tentei deixar minhas marcas algumas vezes ,
mas foram tão superficiais que se apagaram ,
Agora me pergunto ,
pra onde eu vou ?
já não existem mais fronteiras pra percorrer ,
nos meu dias mais escuros ,
em que as chuvas são mais intensas ,
me recolho e durmo ,
para o tempo passar e não sentir mais ,
o paraíso cada vez mais longe ,
Estou com sono ,
um sono tão profundo ,
que pode durar uma eternidade ,
me levando para os confins do inimaginável ,
onde repousarei entre lenções claros e macios ,
sem tempo para despertar .
Nada nem ninguém vai poder tornar machucar-me ,
não precisarei mais da velha armadura enferrujada ,
meus olhos não brilharam mais com esperança de mais uma batalha ,
por que todas já foram perdidas antes mesmo de começarem ,
não existira calor e nem frio dentro de mim ,
sem haver nem mesmo espaço para o vazio .
Os templos que ergui ,
se ruíram com o tempo ,
a terra os engolira com o passar dos séculos ,
as minhas esperanças que um dia depositei ,
voaram com os ventos para seus túmulos bem distantes ,
onde em fim puderam repousar um singelo descanso .
Assim distante deixando os dias andarem a passos lentos ,
a espada que não golpeará mais ,
sem o punho para empunha-la ,
sem o coração para guia lo ,
simplesmente se enferrujara no chão ,
os dias e noites cobriram a terra ,
dia apos dia ,durante a eternidade ,
Devagar com a ferrugem ,
a espada se quebrará em vários pedaços ,
o vento trara a poeira que inundara o aposento ,
os anos deixaram a sua marca ,
espada e o antigo cavaleiro ,
desapareceram das mentes dos outros ,
e neste canto ninguém recordara ,
que existiu um cavaleiro ,
qual sua única missão sempre foi ter um dia azul .
De J B M Moura

Nenhum comentário: