sexta-feira, 18 de julho de 2008

Lobo selvagem




Lobo selvagem dentro de mim,
Navega na noite pelo vale das almas,
Com alma indomável,guerreira,
ainda escuto os tilintares das cimitarras,
corpos que se rasgam e caem á meus pés
No meio do cheiro da morte e de olhares servis,
uma rosa cresce no meio da morte,
ó,trevas ambiciosas,ti levam cada vez mais longe,
para quem vê sua luz
Trevas doce trevas,
doce escuridão servil,
no suplicio dos condenados eleva seus olhos
A cada movimento,a cada passo um corpo desaba,
o cheiro ferroso do sangue entra em minhas narinas,
minha cimitarra de reluzente como a luz das estrelas,
passa para vermelho tingido de sangue,
contando uma história de sangue
Mas quando escutei a candura de tua voz,
vi a luz,luz com poderes para amansar o lobo selvegem dentro de mim,
Logo desabei ajoelhado,ferido de morte,
olhando dentro de teus olhos pela última vez,
tu eras a rosa que crescia nos campos de batalha e me fizeste ver,
a luz das luzes,não a que era acostumado a ver,
mas a mãe de todas as luzes,
e assim perdi a última das grandes batalhas,
na escuridão das trevas.
De J B M Moura

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